Editores da série MOC: Antonio Carlos Buzaid - Fernando Cotait Maluf - William Nassib William Jr. - Carlos H. Barrios

Editor-convidado: Caio Max S. Rocha Lima

Podcast #007 – AACR annual meeting 2020 – Highlights em Câncer de Mama

A Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR) realizou nos dias 27 e 28 abril a primeira versão online do AACR annual meeting 2020.

Para comentar os highlights em câncer de mama, o MOC preparou este episódio de podcast, com apresentação da Dra. Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O primeiro estudo em destaque (EMBRACA) teve duas atualizações apresentadas, sendo a primeira referente aos dados de sobrevida global da análise de talazoparibe versus quimioterapia no câncer de mama HER-2 negativo avançado. A análise não conseguiu demonstrar diferença em SG entre os grupos, no entanto, dados indiretos sugerem que as terapias subsequentes com inibidores de PARP provocaram impacto na SG. Na segunda atualização, comprovou-se a existência de concordância entre mutações germinativas e mutações somáticas, corroborando dados já conhecidos no câncer de ovário. Não houve impacto, porém, em sobrevida livre de progressão. São necessário refinamentos nos testes.

Destacarem-se também dois estudos que avaliaram a incorporação de imunoterapia: IMPRIME, com benefício em taxa de resposta associado ao uso de pembrolizumabe em combinação com um agente inibidor de beta-glucana em pacientes com tumores metastáticos triplo negativos; e o estudo randomizado adaptativo SPY 2, que apresentou resultados do braço comparador de durvalumabe, olaparibe e paclitaxel na doença HER-2 negativa localmente avançada não selecionada, evidenciando que ainda são necessários dados mais maduros que permitam identificar as populações que podem se beneficiar da combinação de inibidores de PARP e imunoterapia.

Foi apresentado também um trabalho que avaliou a mutação ESR1 em pacientes com tumor precoce de mama. Embora rara nessa população (menos de 1%), a mutação foi relacionada de maneira estatisticamente significativa com uma piora da sobrevida global e intervalo livre de recorrência, sugerindo que a alteração possa vir a ser testada rotineiramente no futuro.

Por fim, houve ainda um estudo italiano sobre dieta que mimetiza o jejum com capacidade de modular fatores metabólicos que promovem a regressão do câncer de mama. A análise corrobora a importância de incorporar avaliação dietética no câncer de mama, com dados importantes para estudos futuros.

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